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domingo, 20 de novembro de 2011

Belém sedia 1° Encontro Nacional do Samba

Que rufem os tambores, ronquem as cuícas e cantem os pandeiros, que a noite de hoje, em Belém, pertence ao samba. É isso aí: a terra que exportou a Banda Calypso, Beto Barbosa, Pinduca e muitos outros artistas e seus ritmos dançantes também tem espaço para os tamborins, cavaquinhos e percussões originadas na África, trazidas ao Brasil pelos escravos e que, no Pará, encontraram um público cativo e fiel.
É o que garantem alguns dos maiores bambas do ritmo: Alcyr Guimarães, Marquinho Melodia, Bilão da Canção, Tony Melodia e João Lopes, que se apresentam na quadra do Império de Samba Quem São Eles no 1° Encontro Nacional do Samba, a partir das 19h.
As rodas de bambas paraenses, por sinal, já contam alguns séculos, mas somente agora, em meio à repercussão que artistas locais vêm conseguindo em outros estados brasileiros, foi possível a realização de um encontro para além das fronteiras parauaras, entre as “feras”, seus gingados e cantares cheios de samba no pé.
Exemplo disso é a canção “Cara metade”, que o paulista Royce do Cavaco lança, por sinal, na noite de hoje durante o encontro. A música foi composta pelo paraense Neno Freitas, que, ao lado de Bosco Guimarães e Ademir do Cavaco, há três anos é um dos dez selecionados entre os finalistas para escrever o samba enredo da Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro.
“O samba paraense passa por um momento de grande ebulição e repercussão. Aproveitamos esse momento para trazer a Belém grandes nomes do ritmo do Rio de Janeiro e São Paulo e, assim, comemorarmos a boa fase”, conta Freitas, também presidente da Associação dos Sambistas do Pará.
Apesar de ser um ritmo de forte apelo popular e centenário em Belém, o samba sempre ficou em segundo plano, segundo diz Freitas. Até alguns anos, o ritmo e a ginga não eram vistos com bons olhos pelos considerados “ruins da cabeça ou doentes do pé”. O que fizeram então os adeptos do fazer samba?
“Resolvemos alargar os horizontes, fazer parcerias e levar o samba para as casas de shows mais requintadas. Deu certo. Hoje o que não falta é roda de samba em lugares como o African Bar, o Boêmio, o Municipal, o Lapa e isso é muito gratificante”, acrescenta o músico.
Sambistas bancam os próprios eventos
Há quem diga que o samba é a música brasileira por excelência. Em sua fonte, até hoje artistas como Jorge Benjor buscam inspiração para criar sucessos internacionais. Dessa raiz também saem artistas que se consagraram através de outros estilos musicais. Um deles é o cantor e compositor Kim Marques, que, segundo Neno Freitas, começou no samba e hoje é um dos artistas mais conhecidos do Brasil, por suas composições gravadas pela Banda Calypso, como “Beija-flor”.
Outro sambista exportado pelo Pará, um pouco mais identificado com a Bossa Nova, foi Billy Blanco, falecido recentemente. Sua forma sincopada de tocar violão, aliada às letras em que praticamente narrava, de forma elegante, as anedotas e agruras do cotidiano, o colocaram entre os grandes artistas da Música Popular Brasileira de todos os tempos. Não por acaso, foi parceiro de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Elis Regina, além de outro monstro sagrado do samba, o mangueirense Jamelão.
“Trabalhamos sem apoio governamental e fazemos o trabalho por amor ao samba. Ao mesmo tempo em que somos finalistas para compor o samba de enredo de uma das maiores escolas do mundo, a Mangueira, não dispomos do apoio devido. Mas acreditamos que com um pouco mais de divulgação do nosso trabalho isso pode mudar”, diz ainda Neno Freitas.
Além de promover uma festa, comemorar o bom momento e congregar sambistas de várias partes do Brasil, o 1° Encontro Nacional do Samba tem ainda outra finalidade: angariar fundos para a Escola de samba Quem São Eles, o conhecido “Quenzão”.
São esperados entre 500 e mil pessoas na quadra. E o projeto é continuar a programação, com mais e mais noitadas regadas a samba, cerveja e muita alegria. Estarão lá, ainda, Lê Santana, Junior Bambo, Filhos do Samba, Meninos do Umarizal e muitos outros bambas.
DIPLOMA
O Maestro Jango será um dos agraciados com diploma amanhã pela manhã, no Palácio dos Bares. Os artista vai ser homenageado, por ocasião do Dia do Músico, pelos serviços prestados à musica paraense. Ao lado de outros músicos, cantores e compositores ele será diplomado pelo Sindicato dos Músicos do Pará.
PRESTIGIE
O 1° Encontro Nacional do Samba. Hoje, a partir das 19h, na quadra do Império de Samba Quem São Eles (Almirante Wandenkolk entre as ruas Domingos Marreiros e Boaventura da Silva). Ingressos: R$ 20. Informações: 8209-0494 e 8214-2287.
(Diário do Pará)

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